Sindicato forte: mais direitos, menos desigualdades
A mudança na dinâmica das atividades econômicas precarizou a mão
de obra e aumentou o individualismo no mercado de trabalho. A Reforma
Trabalhista teve como foco retirar direitos dos trabalhadores e a força
dos sindicatos, que sempre defenderam e lutaram, não apenas pelas suas
categorias, mas também por toda a sociedade.
O
enfraquecimento dos sindicatos prejudica a sociedade, uma vez que, sem
um mercado de trabalho forte, não há crescimento econômico. O
desenvolvimento econômico é impulsionado pelo poder de compra, o que
resulta na melhoria das condições de vida da classe trabalhadora.
Os
sindicatos são fundamentais para a democracia, pois desenvolvem
propostas de avanço dos direitos dos trabalhadores que produzem as
riquezas do país. Com o retorno do Partido dos Trabalhadores ao governo e
a decisão do Supremo Tribunal Federal de permitir que os sindicatos
cobrem a contribuição assistencial dos trabalhadores, a sociedade tem a
oportunidade de reverter as desigualdades sociais que se agravaram nos
últimos anos. A classe trabalhadora deve aproveitar este momento para
retomar o seu lugar de destaque nas discussões econômicas e políticas do
país.
Os sindicatos garantem os direitos e
corrigem as injustiças contra os trabalhadores. Na semana passada, o
Sindicato dos Metalúrgicos obteve uma grande vitória na Justiça do
Trabalho ao reverter a demissão dos trabalhadores de três fábricas da
General Motors, em São Paulo. Os companheiros foram dispensados por
e-mail e telegrama. Esta atitude covarde evidencia o quanto o capital
explora e desrespeita a classe operária. Em protesto, o sindicato da
categoria suspendeu as atividades nas fábricas. A vitória só foi
possível devido à união dos metalúrgicos.
As
atividades sindicais requerem organização e recursos financeiros. A
contribuição assistencial financia diversos serviços oferecidos pelo
sindicato e fortalece a entidade, que, com recursos para investir em
mobilizações, negocia de igual para igual com os patrões. Essas ações
permitem a construção de uma Convenção Coletiva sólida que atenda às
necessidades de todos os trabalhadores, e não somente dos
sindicalizados. O custeio tem um impacto direto no equilíbrio das
relações entre capital e trabalho.
Infelizmente,
os sindicatos são alvos de campanhas difamatórias e Fake News que visam
manter os trabalhadores sob o julgo do capitalismo, sem direitos e sem
proteção social. A sociedade precisa despertar para a relevância do
movimento sindical para a manutenção da democracia e a redução das
desigualdades sociais.
Reflitam!
Eusébio Pinto Neto,
Presidente do SINPOSPETRO-RJ e da Federação Nacional dos Frentistas
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