CPMI do golpe vai punir culpados

 


Durante a sessão de leitura do requerimento de constituição da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigação dos fatos ocorridos no dia 8 de janeiro deste ano, o vice-líder do governo Lula no Congresso Nacional, deputado federal Carlos Zarattini (PT/SP), afirmou o governo não teme a CPMI. “Vamos nos aprofundar nessas investigações para descobrir, de fato, quem atentou contra a democracia no Brasil”.

No seu discurso, Zarattini ressaltou ainda que os parlamentares bolsonaristas insistiram na realização de investigações por meio da CPMI sobre o 8 de janeiro deixando de lado pautas importantes para o país como, por exemplo, o debate das medidas provisórias que tratam sobre programas sociais como Bolsa Família; Minha Casa, Minha Vida; Mais Médicos e ainda, as discussões de pautas prioritárias para economia como a Lei Fiscal e a Reforma Tributária.

“Não temos nenhuma preocupação com essa CPMI porque vamos poder fazer uma avaliação não apenas criminal, mas uma avaliação política dos fatos. Vamos investigar não só o que aconteceu no dia 8 de janeiro. Vamos apurar todos os episódios que antecederam e que contribuíram para a tentativa de golpe”, disse.

Os governistas querem ainda que a CPMI apure as declarações do ex-presidente Jair Bolsonaro durante o 7 de setembro de 2023, os discursos desacreditando as urnas eletrônicas, o resultado das eleições de 2022 e as tentativas de anular o processo eleitoral. Além disso, caberá a comissão investigar os atentados terroristas que aconteceram na sede da Polícia Federal, em Brasília, a derrubada de torres de transmissão de energia elétrica, o atentado que tentaram fazer no Aeroporto de Brasília.

Segundo Zarattini, figuras importantes do governo Bolsonaro como general Braga Neto, general Heleno, comandante do Exército serão convocados para dar explicações.

“Vamos investigar tudo. Queremos sim que venham à CPMI todos os integrantes do governo Bolsonaro que tiveram participação nos episódios ou que atuaram na segurança neste período.  Por que deixaram os acampamentos na porta dos quartéis sendo foco de tentativa de desestabilização da democracia do nosso país? Isso vai ser investigado também”, concluiu.

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