Condições indispensáveis
ões indispensáveis
A mídia grande e as redes sociais têm dado cobertura a uma onda
de greves que se espraiou pela Europa e por outros países mobilizando os
trabalhadores e revalorizando os sindicatos.
Na
sequência de um rigoroso inverno europeu, com a disparada do custo de
vida e dificuldades acrescidas pela guerra na Ucrânia, os movimentos
grevistas reivindicatórios dos trabalhadores em transportes, em serviços
e do funcionalismo público foram maciços e vitoriosos em muitos países,
em alguns deles superando uma letargia de vários anos.
Na
França e em Israel o movimento sindical foi coadjuvante de poderosas
manifestações populares contribuindo com suas greves políticas para a
magnitude dos movimentos, que em Israel obrigaram ao recuo o primeiro
ministro em seu ataque à Justiça e na França, embora derrotados pelas
manobras parlamentares do presidente da República, persistem em resistir
contra o aumento da idade da aposentadoria.
Nem
todo o mundo do trabalho ainda se mobilizou e se manifestou, seja na
Europa ou em outros países, principalmente os trabalhadores da produção
fabril. Isto se deve à melhor posição relativa desses trabalhadores,
garantidos por acordos coletivos vantajosos com duração mais longa.
Juntamente
com os esforços da OIT as direções sindicais internacionais vêm
trabalhando para dar maior organicidade à luta dos trabalhadores,
enfrentada a crise na Confederação Sindical Internacional que levou à
destituição de seu secretário geral por corrupção com propinas árabes.
As
direções sindicais brasileiras procuram reforçar os laços no âmbito dos
BRICS sindicais, nos países de língua portuguesa e, participantes da
delegação do governo brasileiro à China, estreitam relações com os
congêneres chineses, convidando-os a visitarem proximamente o Brasil.
O
fortalecimento da ação sindical e o reforço da unidade são condições
indispensáveis para que o movimento sindical internacional cumpra, ao
lado dos trabalhadores, as tarefas de resistir à crise, reforçar a
democracia e lutar pela paz.
João Guilherme Vargas Netto – consultor de entidades sindicais de trabalhadores
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