IBGE: com 40,1% de informalidade e queda na renda, taxa de desemprego recua
A taxa média de desemprego ficou em 9,8% no trimestre encerrado em maio, segundo informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na última quinta-feira (30). Estava em 11,2% no período imediatamente anterior e em 14,7% há 1 ano. Recuo para o menor nível desde 2015 se explica, em parte, pela queda na renda, de 7,2% em 12 meses. Os dados são da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua. No portal Rede Brasil Atual
Número de trabalhadores sem carteira assinada cresce e mantém alta taxa de informalidade | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Outro fator que contribuiu para o resultado da taxa de desemprego é a maior presença de empregados no setor privado sem carteira assinada. Esse contingente, de 12,804 milhões, cresceu 23,6% em 12 meses, praticamente o dobro dos com carteira, que aumentaram 12,1% em igual período, para 35,576 milhões. Assim, a participação do trabalhador sem registro passou de 11,7% para 13,1% dos ocupados.
No setor público, o emprego sem carteira cresceu 25% em 1 ano. Por sua vez, o trabalho por conta própria subiu 6,4%, enquanto o número de empregados sem CNPJ aumentou 29,4%.
A taxa de informalidade corresponde a 40,1% da população ocupada (ou 39,1 milhões de trabalhadores informais), ante 40,2% no trimestre anterior e 39,5% em igual período de 2021.
“Principalmente no final de 2020 e primeiro semestre de 2021, a recuperação da ocupação estava majoritariamente no trabalho informal. A partir do segundo semestre de 2021, além da informalidade, passou a ocorrer também uma contribuição mais efetiva do emprego com carteira no processo de recuperação da ocupação”, comentou Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas por amostra de domicílios do IBGE.
Ainda segundo o IBGE, o rendimento médio foi estimado em R$ 2.613. Ficou estável no trimestre e caiu 7,2% em 1 ano.
“Essa queda do rendimento no anual é puxada, inclusive, por segmentos da ocupação formais, como o setor público e o empregador. Até mesmo dentre os trabalhadores formalizados há um processo de retração”, observa Adriana.
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