Trabalhador é morto no RS após tomar café fora do horário determinado

 A Sulcromo, de São Leopoldo, onde ocorreu o crime, tem histórico más condições de trabalho, diz sindicato dos metalúrgicos, em nota de repúdio. A nota exige que o crime seja apurado e punido.

 

EPRODUÇÃO/CÂMERA DE SEGURANÇA
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Um metalúrgico foi morto dentro da empresa de revestimentos industriais Sulcromo, em São Leopoldo, na Região Metropolitana de Porto Alegre, nesta segunda-feira (6), segundo a Polícia Civil, por não respeitar o horário determinado para tomar café. A vítima e o autor do crime já haviam discutido na semana anterior por esse motivo, disseram os colegas aos jornais locais.

A direção do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de São Leopoldo e Região (STIMMMESL) divulgou nota criticando as condições de trabalho na empresa, que estimularia a violência. A nota exige apuração do crime.

“A empresa tem histórico más condições de trabalho, inclusive com diversas denúncias feitas ao Sindicato, como problemas na insalubridade, perfuração de septo nasal pelo trabalho em cromo e carga horária de trabalho excessiva”, diz trecho da nota.  

“O Sindicato exige que o crime seja apurado e esclarecido. Sabemos que onde não há condições dignas de trabalho, o ambiente, por si só, torna-se insalubre e prejudicial a vida dos trabalhadores. É imprescindível que as empresas garantem um ambiente seguro para a vida das pessoas”, diz a nota.

Um trabalhador da empresa que não quis se identificar para a imprensa local disse que a briga entre vítima e o autor do crime começou com brincadeiras entre eles que acabou sendo mal interpretada por uma das partes.

A vítima

Marcelo Camilo, 36 anos, chegou ao Hospital da Unimed com um ferimento no coração causado por duas perfurações de objeto cortante e sofreu três paradas cardíacas antes de morrer. Os ferimentos teriam sido causados por uma espécie de chave. 

O suspeito

O principal suspeito de ter cometido o crime, que não teve sua identidade revelada, fugiu da sala onde ambos estavam sem socorrer o colega e é procurado pela polícia. Um diretor da empresa disse à reportagem do G1 que ele era operador, tinha mais tempo de casa e era considerado um "bom profissional".

Com informações de portais de notícias do RS e do G1.

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