Mais da metade dos aumentos salariais de maio fica abaixo da inflação
Os resultados das negociações salariais em maio foram os piores dos últimos dez meses. De acordo com pesquisa divulgada pelo DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), 54,5% dos reajustes salariais ficaram abaixo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), calculado pelo IBGE. Apenas 13,4% das categorias conseguiram aumento acima da inflação nas negociações, enquanto 32,1% igualaram o reajuste ao INPC.
Esse é o maior percentual de reajuste salarial abaixo da inflação desde julho de 2021. Os dados mostram também que 7,4 % dos reajustes da data-base de maio, deste ano, serão pagos em duas ou mais parcelas. No mesmo período do ano passado o percentual de aumento parcelado foi bem maior ficando acima dos 15%.
Para driblar o alto custo de vida e compensar as perdas salariais, várias categorias buscam incrementar a remuneração através do aumento real nos benefícios como: auxílio alimentação e abonos.
Nos primeiros cinco meses do ano, 44,7% das categorias fecharam as negociações abaixo da inflação. Nesse período, os trabalhadores das indústrias foram os que obtiveram maiores ganhos salariais. Já o setor de comércio registrou perdas significativas com resultados abaixo da inflação.
A região Sudeste se destaca do país pela maior frequência de aumentos reais (30,2%), enquanto no Centro-Oeste foi registrado um grande volume de negociações salariais abaixo da inflação (67,2%).
De acordo com a pesquisa, o valor médio dos pisos salarias de 2022 é de R$ 1.465,92. A região Sul paga o maior piso e o Nordeste os menores salários do país.
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