Sindicalistas pressionam por mais parcelas do seguro-desemprego
FONTE: Agência Sindical
Preocupadas com milhões de demitidos durante a pandemia, as Centrais
Sindicais pleiteiam mais duas parcelas do seguro-desemprego. A proposta
apresentada no Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador,
pela bancada dos trabalhadores (CSB, CTB, CUT, Força Sindical, Nova
Central e UGT), esbarra na resistência do governo.
O Brasil tem hoje ao menos 137 milhões de desempregados. Quase 4
milhões a mais do que em maio, segundo o IBGE. Atualmente, pessoa
demitida sem justa causa recebe de três a cinco parcelas. As parcelas
variam de R$ 1.039,00 a R$ 1.813,03, conforme a média salarial.
Sérgio Luiz Leite, presidente da Fequimfar e representante da Força no
Codefat, argumenta que o desempregado levará muito tempo pra conseguir
um novo emprego e voltar a ter salário. “Por isso, é urgente uma
proteção de renda a todos aqueles se encontram nessa situação”, afirma.
Segundo o dirigente, muitos demitidos na pandemia, que acessaram o
seguro-desemprego, ficaram impedidos de receber o Auxílio Emergencial ou
qualquer outra assistência do governo. “As parcelas do seguro acabaram e
essas pessoas não têm como obter outro tipo de benefício para
sobreviver até encontrar emprego”, diz preocupado.
Dieese – O economista do Dieese, Clóvis Scherer,
acompanha a discussão no Grupo de Trabalho criado para avaliar a
proposta. “Como alternativa, o governo quer criar um abono especial aos
demitidos durante a pandemia. Mas essa proposta pode deixar de fora
milhares que receberam as parcelas do seguro-desemprego e ficarão
desassistidas até dezembro”.
Economia – Assessor técnico do Fórum das Centrais,
Clemente Ganz Lúcio alerta que a ampliação do seguro-desemprego não é
importante apenas aos trabalhadores, mas também na recuperação do
comércio. “Com renda, as pessoas consomem e ajudam a sustentar a
demanda, o que faz a economia girar, principalmente o comércio local.
Todos ganham”, ele diz.
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