O trabalhador não pagará pela crise
A crise de saúde, e seus múltiplos impactos sobre a sociedade e a economia, será muito severa, exigindo determinação, ousadia e criatividade para resistir, enfrentar e superar enormes desafios, muitos dos quais ainda desconhecidos.
A solidariedade é um fundamento essencial a ser promovido, o diálogo social um instrumento poderoso a ser largamente utilizado e a cooperação institucional uma força a ser mobilizada.
Medidas unilaterais, como as propostas pelo governo, empresas e pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que protegem os empresários, mas que, em contrapartida, oneram os trabalhadores e a sociedade, não ajudarão o Brasil a superar a crise imposta pela propagação do coronavírus.
Propor, como solução, a redução ou suspensão do salário do trabalhador ou a demissão é uma atitude, e não há forma amena de descrevê-la, vampiresca. Qual a justificativa de o trabalhador, já depreciado desde a reforma trabalhista, pagar por uma crise sanitária global? Nenhuma!
Em um momento como este, inesperado e avassalador, fica clara a deficiência de um modelo que propõe o mercado como regulador absoluto. Se o Estado não assumir seu papel - como deve assumir sempre, mesmo em momentos de normalidade, promovendo a justiça social - o país será assolado por uma situação de calamidade. Em bom português será um "salve-se quem puder".
Por isso, as Centrais Sindicais e suas entidades sindicais de base estão mobilizadas para, na travessia dessa grave tormenta, tomar as inciativas necessárias que protejam a saúde e a vida das pessoas, que assegurem os empregos dos trabalhadores, que viabilizem a renda das famílias, que gerem capacidade financeiras para micro, pequenas, médias e grandes empresas resistirem à brutal queda da atividade econômica.
Devemos manter diálogo social permanente e estruturado, em todos os níveis, para acordar medidas, orientar atitudes e ações e propor inciativas.
É hora de proteger as pessoas e de valorizar as instituições.
É hora de ter foco, resistir e superar a crise.
Se formos capazes de fazer isso juntos, resistir e superar a emergência sanitária, com certeza reuniremos capacidade para, esperamos que em breve, construir as medidas para a retomada da atividade econômica. Estamos certos de que, com isso, reuniremos condições políticas para avançar em propostas e diálogos que o país precisa para promover o desenvolvimento econômico e social que a toda a sociedade brasileira precisa e merece.
São Paulo, 20 de março de 2020
Sérgio Nobre - Presidente da CUT - Central Única dos Trabalhadores
Miguel Torres - Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah- Presidente da UGT - União Geral dos Trabalhadores
Adilson Araújo - Presidente da CTB - Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
José Calixto Ramos - Presidente da NCST - Nova Central Sindical de Trabalhadores
Antonio Neto - Presidente da CSB - Central dos Sindicatos Brasileiros
A solidariedade é um fundamento essencial a ser promovido, o diálogo social um instrumento poderoso a ser largamente utilizado e a cooperação institucional uma força a ser mobilizada.
Medidas unilaterais, como as propostas pelo governo, empresas e pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que protegem os empresários, mas que, em contrapartida, oneram os trabalhadores e a sociedade, não ajudarão o Brasil a superar a crise imposta pela propagação do coronavírus.
Propor, como solução, a redução ou suspensão do salário do trabalhador ou a demissão é uma atitude, e não há forma amena de descrevê-la, vampiresca. Qual a justificativa de o trabalhador, já depreciado desde a reforma trabalhista, pagar por uma crise sanitária global? Nenhuma!
Em um momento como este, inesperado e avassalador, fica clara a deficiência de um modelo que propõe o mercado como regulador absoluto. Se o Estado não assumir seu papel - como deve assumir sempre, mesmo em momentos de normalidade, promovendo a justiça social - o país será assolado por uma situação de calamidade. Em bom português será um "salve-se quem puder".
Por isso, as Centrais Sindicais e suas entidades sindicais de base estão mobilizadas para, na travessia dessa grave tormenta, tomar as inciativas necessárias que protejam a saúde e a vida das pessoas, que assegurem os empregos dos trabalhadores, que viabilizem a renda das famílias, que gerem capacidade financeiras para micro, pequenas, médias e grandes empresas resistirem à brutal queda da atividade econômica.
Devemos manter diálogo social permanente e estruturado, em todos os níveis, para acordar medidas, orientar atitudes e ações e propor inciativas.
É hora de proteger as pessoas e de valorizar as instituições.
É hora de ter foco, resistir e superar a crise.
Se formos capazes de fazer isso juntos, resistir e superar a emergência sanitária, com certeza reuniremos capacidade para, esperamos que em breve, construir as medidas para a retomada da atividade econômica. Estamos certos de que, com isso, reuniremos condições políticas para avançar em propostas e diálogos que o país precisa para promover o desenvolvimento econômico e social que a toda a sociedade brasileira precisa e merece.
São Paulo, 20 de março de 2020
Sérgio Nobre - Presidente da CUT - Central Única dos Trabalhadores
Miguel Torres - Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah- Presidente da UGT - União Geral dos Trabalhadores
Adilson Araújo - Presidente da CTB - Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
José Calixto Ramos - Presidente da NCST - Nova Central Sindical de Trabalhadores
Antonio Neto - Presidente da CSB - Central dos Sindicatos Brasileiros
Fonte: Assessoria de Imprensa - 20/03/2020
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