Senado rejeita destaques e aprova Previdência em 1º turno
O plenário Senado Federal
rejeitou os destaques propostos por bancadas e aprovou, em 1º turno, a
reforma da Previdência. A sessão teve três propostas de mudanças
rejeitadas – sobre idade mínima das mulheres, aposentadoria especial e
pensão por morte. Outros três destaques — que previam alterar regras de
transição, cálculo de benefícios e aposentadoria de anistiados — foram
retirados. Com isso, o texto segue para um segundo turno de votação, que
ainda não tem data para ser votado.
Para evitar nova derrota, como aconteceu ontem com a questão do abono
salarial, o governo prometeu uma nova PEC, chamada de PEC autônoma pelo
líder do governo, senador Fernando Bezerra (MDB-PE). Esse texto é
independente da já citada PEC paralela, onde estão sendo apensadas
mudanças como a inclusão de estados e municípios nas novas regras da
Previdência.
A manobra foi feita para evitar a votação de um
destaque do Podemos, que pedia a retirada do pedágio de 100% em uma
regra de transição que previa aposentadoria a partir dos 57 anos para
mulheres e 60 anos para os homens que já estão no mercado de trabalho —
menor do que a idade mínima de 62 anos para mulheres e 65 anos propostas
no texto-base.
Veja como foi a votação dos destaques da Previdência no Senado:
15:43 – Senado rejeita destaque de aposentadoria especial
Por
52 votos favoráveis, o Senado rejeitou o destaque da Rede sobre
aposentadoria especial. Com isso, a reforma da Previdência foi aprovada
oficialmente em 1º turno. Alcolumbre afirma que o prazo para o 2º turno,
que é de cinco sessões, passará a contar a partir da publicação no
Diário do Senado, que deve acontecer amanhã.
15:29 – Podemos retira o destaque sobre o pedágio
O
senador Álvaro Dias (Podemos-PR) anunciou a retirada do destaque que
previa tirar o pedágio de 100% na regra de transição. Segundo ele,
técnicos do Senado disseram que caso a emenda fosse aprovada, o texto
teria que voltar para a Câmara. “Nós não queremos ser acusados da
tragédia que irá virar a economia se atrasar, da queda da bolsa e alta
do dólar”. O senador afirma que está dando um voto de confiança porque
lhe foi prometida uma PEC autônoma tratando apenas de regra de
transição. Esse dispositivo foi oferecido pelo governo durante a sessão.
Com isso, resta apenas o resultado do destaque da Rede para a conclusão
da votação em 1º turno da reforma da Previdência.
15:02 – Rede tenta tirar idade mínima para aposentadoria especial
A emenda em votação no momento prevê tirar a idade mínima para
trabalhadores expostos agentes nocivos continuem se aposentando sem
idade mínima. No texto-base, esses trabalhadores têm idade mínima
fixada, que varia entre 55 e 60 anos de idade. O destaque foi proposto
originalmente pelo PROS, mas a bancada retirou. A Rede, então, assumiu a
proposta, mas retirou sua emenda que previa novo cálculo para a
aposentadoria.
14:56 – Senado rejeita destaque de pensão por morte
Por
56 votos a 17, foi rejeitado o projeto para garantir 100% do benefício
na pensão por morte. Foi mantida a redação do texto-base, de 60% da
média salarial mais 10% por dependente. Faltam dois destaques. O próximo
a ser apreciado é o da Rede.
14:50 – Governo propõe acordo para Podemos retirar destaque
O
senador Fernando Bezerra (MDB-PE) propôs que o Podemos tirasse a
proposta de retirar o pedágio de 100% em uma das regras de transição da
aposentadoria. Segundo ele, o governo pode propor uma alternativa na PEC
paralela para a questão. O texto passará pelo crivo da bancada do
Podemos.
14:34 – Sessão é lenta para garantir quórum de votação
Entre
uma manifestação e outra de parlamentares, o presidente do Senado, Davi
Alcolumbre (DEM-AP) para que os senadores fiquem no plenário. A votação
do destaque do PT só vai ser concluída, segundo ele, quando ao menos 74
parlamentares votarem, mesmo número de votos da rejeição do destaque do
PDT. Na véspera, a aprovação do destaque do abono salarial foi
atribuído ao baixo quórum.
14:30 – Caso destaque da pensão seja aprovado, desidratação será de R$ 106 bi em 10 anos
O
relator da proposta no Senado, Tasso Jereissati (PSDB-CE) disse que
caso o destaque do PT seja aprovado, a desidratação da reforma será
grande e ficará abaixo dos 700 bilhões de reais. Inicialmente, o governo
estimava impacto fiscal de 1,2 trilhão de reais.
14:08 – Diminuição de idade para as mulheres é rejeitada
Por
54 votos a 18, o destaque sobre a idade das mulheres foi rejeitado
pelos senadores, mantendo o texto-base. Agora, os senadores avaliam o
destaque do PT, sobre pensão por morte, que visa garantir 100% para as
aposentadorias. Na reforma, a pensão parte de 60% da média salarial do
segurado morto mais 10% por dependente.
13:57 – Governo quer evitar mais desidratações
Após
o susto da véspera com a aprovação do destaque sobre o abono salarial, o
governo se articula para evitar desidratações. Nesta tarde, em que seis
emendas seriam votadas, duas foram retiradas. Rogério Marinho,
secretário de Previdência e Trabalho está no plenário para tentar
articular a rejeição dos destaques.
13:46 – Mudança da idade mínima das mulheres pode ir para a PEC paralela
A
senadora Simone Tebet (MDB-MS) afirmou que a bancada feminina não vai
acompanhar o destaque para a idade mínima ficar em 60 anos. A proposta
do partido tira a regra de transição. Segundo Tebet, entretanto, a
questão será tratada na PEC paralela, Ela afirma que a bancada feminina
vai trabalhar em uma alternativa de transição para a fixação da idade
dos 62 anos de idade. Pelo texto-base, a idade mínima sobe seis meses
por ano, até chegar aos 62 anos.
13:39 – MDB retira destaque sobre anistiados políticos
O
senador Márcio Bittar (MDB-AC) retirou o destaque sobre a aposentadoria
de anistiados políticos. Agora, restam quatro em apreciação. O do PDT,
sobre a aposentadoria das mulheres está em votação
13:20 – Presidente da casa orienta os parlamentares
Davi
Alcolumbre (DEM-AP) explica que, para derrubar os destaques, são
necessários 49 votos contrários a propositura. Porém, é preciso votar
“sim”, que significa apoio ao texto-base. Quem apoiar o destaque e
quiser a aprovação, precisa votar “não”.
13:18 – Votação dos destaques começa
O
presidente da casa, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) abre a votação dos
destaques, começando pelo do PDT, que pretende baixar a idade mínima
para 60 anos e não 62 anos, como está no texto-base aprovado na véspera
13:16 – Rede retira seu destaque e assume o do PROS
O
senador Randolfe Rodrigues (Rede-PE) retirou o destaque da Rede, que
previa alterar as regras de cálculo para as aposentadorias. Em
contrapartida, pediu para que fosse reincorporado destaque do PROS sobre
aposentadoria especial, que havia sido retirado mais cedo.
13:00 – PROS pede retirada de destaque antes da votação
O
senador Telmário Mota (PROS-RR) pediu a retirada de um destaque sobre
aposentadoria especiais. Agora, o plenário votará cinco destaques.
Segundo ele, na terça-feira, o plenário rejeitou uma medida parecida,
então o partido fazia a retirada para dar mais rapidez à votação da
reforma. A emenda previa que que trabalhadores expostos agentes
nocivos continuem se aposentando sem idade mínima. No texto-base, esses
trabalhadores têm idade mímima fixada, que varia entre 55 e 60 anos de
idade.
13:00 – Mudança no abono desidrata economia do texto em R$ 76 bi
A
aprovação da emenda do abono do PIS/Pasep tira 76 bilhões de reais da
reforma da Previdência em dez anos. Com isso, caso o texto seja aprovado
sem mais mudanças, o impacto fiscal na próxima década será de 800
bilhões de reais. Para que o destaque fosse rejeitado, eram necessários
49 votos a favor do texto-base e contrários aos destaques, porém,
houveram apenas 42. A aprovação do destaque teve sabor de derrota para o
governo e aponta um erro de articulação na votação dos destaques.
13:00 – Texto-base foi aprovado por 56 votos favoráveis
As
alterações nas aposentadorias e outros benefícios previdenciários foi
aprovada no texto-base da reforma da Previdência com 56 votos
favoráveis, eram necessários 49 votos. Foram cerca de quatro horas de
sessão antes da aprovação do texto. A reforma da Previdência foi
proposta pelo governo Bolsonaro em fevereiro deste ano e tramitou na
Câmara dos Deputados até agosto.
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