Patrões se negam a negociar para rasgar Convenção Coletiva


Fim das negociações. Nesta terça-feira, (05) a comissão patronal impôs novamente condições para negociar a Convenção Coletiva de Trabalho 2019, numa expressa tentativa de sabotar as garantias e direitos da CCT da categoria.

A estratégia das principais empresas que compõem a comissão patronal é a de tentar "rasgar" a Convenção para que não haja a negociação que há décadas é feita dentro dos parâmetros legais e definidos, balizando as decisões do setor, além de regrar a competitividade no mercado e proteger os trabalhadores.

Desta forma, o único objetivo patronal agora é que as empresas fiquem à vontade para não cumprir a CCT da categoria, deixando de garantir aos seus empregados jornada reduzida de 40 horas, obrigatoriedade de apresentação de PLR, hora extra, auxílio-creche, vale-refeição, assistência médica, complementação do auxílio-previdenciário, homologações no Sindicato, reembolso por quilometragem, política de viagens a serviço, adicional de sobreaviso, adiantamento salarial, entre outros benefícios historicamente conquistados.

Intransigência da comissão patronal

Durante esta quarta mesa de negociação, o presidente Antonio Neto foi enfático ao criticar a ingerência patronal nas imposições feitas à comissão dos trabalhadores para avançar na negociação da Convenção deste ano.

"Uma CCT tem muita força quando assinada. Não dá para ser só para o lado dos patrões. Vocês começaram de maneira desrespeitosa sem considerar nada do que apresentamos", apontou.

Neto destacou também que empresas como as que pertencem à comissão patronal já deram claros e evidentes sinais de que não valorizam seus funcionários. Para ele, estes empresários "buscam sempre dificultar o andamento das negociações, para enfraquecer a Convenção", completou.

Entre outras, as empresas que integram a comissão patronal de negociação são: Sonda, Stefanini, Totvs, Tivit, BRQ, Capgemini, Datasist, Ericsson, Indra, Microsoft Sistemas, Polo Industrial de Software de Ribeirão Preto (PISO), Associação de Empresas de Serviços de Tecnologia da Informação de Marília (ASSERTI) e outras regiões do interior, e Prodesp.

Entretanto, segundo o presidente, não são todas as empresas de TI do estado a ter o perfil de dificultar a vida do trabalhador. "Tem empresas que valorizam e estão convidadas a continuar essa relação de somatória para manter os benefícios, e o Sindpd vai seguir essa linha de negociação das conquistas", reiterou.

Próximos passos

A Diretoria do Sindpd se reunirá na próxima quinta-feira (07) para definir os próximos passos, que incluem discutir com a base, a fim de declarar uma possível greve da categoria com o objetivo de manter intactas as conquistas da Convenção Coletiva.

Fique atento ao site do Sindpd para acompanhar as próximas deliberações. A sua participação é fundamental. Compartilhe com seus colegas de trabalho. Participe!

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Fonte:  Sindpd - 06/02/2019

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