Campanha de Paulo Câmara ganha o tom vermelho


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Por

Elismar Rodrigues

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Após a retirada da candidatura ao Governo do Estado da vereadora Marília Arraes (PT), o governador Paulo Câmara (PSB) começou a arrebanhar apoios dentro dos segmentos sociais que davam sustentação ao projeto da legisladora da Capital. Nesta segunda (10), o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) aderiu à postulação do socialista, num ato simbólico na Fazenda Normandia, em Caruaru. Agora, a campanha, que iniciou quase sem camisas vermelhas, começa a ver tons rubros da esquerda ocuparem espaço no intitulado "palanque de Lula".

A reunião na Fazenda Normandia contou com as presenças de Luciana Santos (PCdoB) - candidata a vice, do deputado federal Wolney Queiroz (PDT), do representante da Fetape e postulante a deputado estadual Doriel Barros (PT) e do coordenador do MST em Pernambuco, Jaime Amorim. O apoio também se estendeu à candidatura à reeleição do senador Humberto Costa (PT) e aos candidatos da chapa proporcional petista. O candidato ao Senado Jarbas Vasconcelos (MDB), crítico histórico do ex-presidente Lula (PT), não compareceu ao evento. A vereadora Marília Arraes, que não vota em Paulo Câmara, não quis se posicionar.

"Esse apoio não é apenas para ganhar as eleições. É para governarmos juntos, pensando e atuando com firmeza em políticas para o desenvolvimento rural. Estamos aqui hoje por Pernambuco, para seguir avançando em nosso Estado, e pelo País, com Lula e Haddad, para o Brasil voltar a ser feliz", afirmou o governador, dando uma resposta, indireta, às críticas da oposição de que seu alinhamento com o PT e os movimentos era "cálculo eleitoral".

Jaime Amorim destacou o engajamento que será mostrado por cada "companheiro de luta" até o dia 7 de outubro. "Vamos realizar 32 plenárias como essa. Aqui não tem apoio só formal, só com fala. Aqui, a gente tem movimento de massa", garantiu. "Não vamos deixar essa direita conservadora chegar ao Poder em Pernambuco", completou.

Defensor da candidatura de Marília ao Palácio das Princesas, Carlos Veras (PT), presidente licenciado da Central Única dos Trabalhadores (CUT), não aderiu a Paulo Câmara, mas demonstrou compreensão pela posição adotada por Amorim. "O Jaime não mudou de lado. Ele não pode ficar em cima do muro. Que opção (ele teria) para o governo? Armando com a Turma de Temer?", explicou Veras, que conversou com o coordenador do MST.

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