Recessão brutal: Brasil fecha 64 mil empresas e perde 2,1 mi de postos de trabalho em um ano
Recessão brutal: Brasil fecha 64 mil empresas e perde 2,1 mi de postos de trabalho em um ano
Estranhamente os dados, que são de dois anos atrás, só foram divulgados nesta quarta (27) pelo IBGE que justificou a demora devido a complexidade da compilação das informações. Comércio e Indústria são os mais afetados Em 2016, havia 5,05 milhões de empresas e organizações registradas no país, 1,3% a menos que em 2015. No total, 51,4 milhões de pessoas trabalhavam nelas, incluindo assalariados, sócios e proprietários - o número é 4% menor que no ano anterior. De acordo com o estudo, os setores da Construção e Indústria estão entre os setores que mais sofreram. Também houve queda de 3% do total dos salários e remunerações pagos no país (R$ 1,66 trilhão para R$ 1,61 trilhão). Indústrias de transformação e construção tiveram as maiores reduções em pessoal ocupado De 2010 a 2016, 1,5 milhão de novos vínculos empregatícios assalariados foram gerados nas empresas e outras organizações formais. Entre 2014 e 2016, houve redução de cerca de 3,7 milhões de assalariados, sendo 1,7 milhão em 2015, e 2,0 milhões em 2016, com maior contribuição negativa das atividades de indústria de transformação (27,7%), construção (25,9%), atividades administrativas (9,8%) e administração pública, defesa e seguridade social (8,4%). Pesquisa Industrial Anual-Empresa – Pessoal Ocupado na indústria (2007-2016) Desvalorização dos salários O IBGE também indicou os piores salários no período. Quem trabalhava nos serviços de alojamento e alimentação (R$ 1.363,30); atividades administrativas e serviços complementares (R$ 1.652,44) e no comércio, que inclui também a reparação de veículos (R$ 1.753,80). Entre os dados revelados pelo balanço anual do Cempre, também foi possível verificar, em 2016, uma redução na diferença salarial tanto entre o que era ganho por homens e mulheres quanto o que ganhavam os trabalhadores com e sem diploma universitário. O salário médio pago às mulheres em 2015 era de R$ 2.191,59 e, aos homens, R$ 2.708,22 (23,6% a mais para eles). Em 2016, essa diferença caiu para 22,2%, com um aumento maior para elas (R$ 2.368,98) que para eles (R$ 2.895,56). Na divisão por grau de instrução, os trabalhadores com nível superior saem com larga vantagem, ganhando cerca de três vezes mais do que os colegas sem o diploma. A diferença, porém, também se espremeu um pouco de um ano para o outro: o salário do trabalhador sem nível superior cresceu, em média, 6,9% de 2015 para 2016, de R$ 1.745,62 para R$ 1.866,89, enquanto, no caso dos trabalhadores com superior completo, o aumento foi menor, de 3%, de R$ 5.349,89 para R$ 5.507,82. Com isso, a diferença de um para o outro caiu de 206,48% em 2015 para 195,03% em 2016. Fonte: Portal CTB - Com informações do IBGE - 28/06/2018 |
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