Centrais farão protesto na véspera da 'reforma'
FONTE: Rede Brasil Atual
Para o secretário-geral da Força
Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, ao mesmo tempo em que as
centrais irão questionar as mudanças na legislação trabalhista, o dia 10
"é um preparo para enfrentar a proposta de reforma da Previdência que
vem sendo ventilada"
As centrais sindicais finalizam os preparativos para o chamado dia
nacional de paralisação, marcado para 10 de novembro, sexta-feira da
semana que vem, na véspera da entrada em vigor da Lei 13.467, de
"reforma" da legislação trabalhista. Com manifestações em locais de
trabalho, a atividade inclui ainda atos de protesto, como o de São
Paulo, que terá concentração às 9h30 na Praça da Sé, com passeata para a
Avenida Paulista.
Segundo o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre, o foco é a retirada de
direitos trabalhistas feita pelo governo Temer. "Esse governo sem
votos, reprovado por quase 90% da população, está provocando um
retrocesso no país sem precedentes. A aprovou uma reforma trabalhista
nefasta que, além de destruir a CLT e conquistas de décadas, compromete o
futuro de toda uma nação."
"O quadro conjuntural é de profunda instabilidade política e o governo
ilegítimo aprofunda o seu pacote de maldades e de inteira
desregulamentação do trabalho", diz o presidente da CTB, Adilson Araújo.
"O êxito das manifestações dependerá da conformação de uma grande
articulação política. De modo a reunir, de forma mais ampla, setores
organizados da sociedade (igrejas, estudantes, associações de advogados e
todos os que estão na mira da desregulamentação do trabalho, que abre
espaço para condições análogas à escravidão) será decisivo na atual
etapa."
Para o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o
Juruna, ao mesmo tempo em que as centrais irão questionar as mudanças na
legislação trabalhista, o dia 10 "é um preparo para enfrentar a
proposta de reforma da Previdência que vem sendo ventilada". Apesar de
parada no Congresso e das dificuldades para destravar a tramitação, os
sindicalistas acreditam que o governo não desistirá de aprovar a
proposta de emenda.
O ato também servirá para valorizar o papel dos sindicatos nas
negociações coletivas, ainda mais com as mudanças causadas pela 13.467.
"Os sindicatos estão conseguindo ultrapassar os limites determinados
pela lei", diz Juruna, referindo-se a acordos já fechados e que
preservaram as cláusulas sociais.
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