Antes de Demitir, Analise as Horas Extras!
Por Júlio César Zanluca, autor da obra “Gestão de RH“, e outras, de cunho contábil, tributário e trabalhista
No afã de cortar custos, os empreendedores devem cuidar das “armadilhas” que surgem, mas são perfeitamente previsíveis.
Demitir pessoal qualificado é um deles. Especialmente demitir funcionários que tem alta produtividade.
Ora, as vezes os critérios de demissão
são aleatórios, e demite-se o “mais novo”, o “solteiro”, o “que não fala
muito”, etc. Critérios absolutamente arbitrários, que podem levar a
situações até de aumentar os custos, em decorrência da falta de senso na
hora da decisão!
Além do custo altíssimo da demissão, como multas do FGTS, antecipação dos pagamentos de férias, 13º salário), aviso prévio indenizado (proporcional
ao tempo de serviço), há a perda do investimento em treinamento (os
concorrentes agradecem…) e a transmissão da sensação de que “o próximo
poderá ser você” aos que ficam na empresa.
Ainda, ao demitir um funcionário que tem
alta produtividade, os demais podem não “aguentar” as exigências de
substituí-lo à altura e demandar “horas extras” para cobrir os serviços.
A hora extra é absurdamente cara (no
mínimo, 50% a mais que a normal), além do que o cansaço e a estafa do
trabalhador fazerem desabar a produtividade. Além do adicional, a hora
extra reflete ainda nas verbas salariais (DSR, férias e 13º salário).
Então pense bem antes de demitir alguém.
Calcule e recalcule. Só o faça por absoluta impossibilidade de outra
opção (você estudou mesmo todas as opções?). Ainda assim, siga o
critério de demitir por competência (menor produtividade), senão… o
prejudicado será seu negócio!
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