Casas Bahia é condenada a indenizar funcionário por apelido maldoso
SÃO PAULO – A Casas Bahia nesta terça-feira (15) a pagar R$ 450 mil a
um empregado por danos morais, horas extras e valores de comissão de
vendas. A condenação foi feita pela 15ª turma do Tribunal Regional do
Trabalho da 2ª Região de São Paulo.
De acordo com o TRT, uma das
condenações foi por conta de um apelido maldoso dado ao funcionário:
portador de um desvio na coluna que faz com que sua costela “fique
saliente” ele era chamado de “costela” ou “costelinha” pelos demais
funcionários da loja. Ele era chamado pelo apelido até mesmo na frente
de clientes, segundo testemunhas.
Os juízes responsáveis pela
decisão entenderam que “o tratamento dispensado ao reclamante era
desrespeitoso, sobretudo devido à sua condição física, sendo de
conhecimento da Casas Bahia, na pessoa de seu gerente, que também o
tratava pelo termo acima referido”. Também afirmaram que “a conduta do
superior hierárquico e dos colegas de trabalho constitui experiência
subjetiva com prejuízos emocionais para o trabalhador e deve ser
coibida”.
Outra indenização garantida ao reclamante: quando foi
contratado na Casas Bahia, o empregado já era portador do desvio e, por
isso, tem restrição de atividade física preexistente; entretanto, de
acordo com o TRT, “o reclamante não foi poupado de atividades que
demandavam carregamento de peso” e a empregadora “submeteu-lhe a
esforços físicos alheios ao contrato de trabalho”.
Ele chegou, inclusive, a sofrer um trauma no cotovelo ao realizar o carregamento de uma televisão de tudo com mais três pessoas.
O
acórdão do caso esclarece que “a Casas Bahia não diligenciou no sentido
de proporcionar ambiente de trabalho seguro e preservar a saúde do
reclamante”. O valor da indenização ficou fixado em R$ 450 mil.
Procurada pelo InfoMoney, a Via Varejo, detentora da Casas Bahia, enviou o seguinte posicionamento:
"A Via Varejo, administradora da Casas Bahia, com base nas diretrizes e valores de seu Código de Conduta Ética (www.viavarejo.com.br/codigodeconduta),
desenvolve treinamentos -presenciais e virtuais - materiais comunicação
e demais ações visem estabelecer relações baseadas na transparência e
na ética e no respeito à dignidade e ao valor de cada pessoa. Como o
caso em questão está sub júdice, a Via Varejo não irá comentá-lo".
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