Comissão do Senado rejeita relatório da reforma trabalhista
O placar surpreendeu a base e a própria oposição, que comemorou muito. Senadores governistas trabalhavam com a expectativa de que o texto pudesse ser aprovado por placar de 11 a 8 ou com vantagem de 12 a 8, conforme o quórum da votação.
O governo descarta a hipótese de acelerar o processo, mas, caso
necessário, um acordo de líderes pode encurtar o calendário e levar o
assunto diretamente ao plenário.
O projeto irá à CCJ nesta quarta-feira, 21. Lá, será apresentado o
parecer do relator do tema nessa Comissão, Romero Jucá (PMDB-RR), e
deverá ser concedida vista coletiva.
O líder do governo no Senado tem forte atuação sobre o tema e acompanha
todas as sessões que avaliam e debatem a reforma trabalhista na Casa.
Com o objetivo de tentar anular qualquer estratégia da oposição para
atrasar a tramitação, Jucá tem agido imediatamente após cada movimento
dos opositores.
O líder do governo diz que o calendário combinado com a oposição será
seguido à risca com votação da CCJ na manhã da quarta seguinte, 28. Após
a votação, o texto pode ir ao plenário para a última etapa antes da
sanção presidencial.
Vetos e MP. O relatório que será votado amanhã pede aprovação integral
do projeto vindo da Câmara dos Deputados com a sugestão de alguns vetos.
Essa foi a mesma recomendação dada pelo tucano Ferraço na Comissão de
Assuntos Econômicos (CAE), onde o texto foi aprovado.
Entre as alterações sugeridas, Ferraço pede veto à regra que prevê o
contrato intermitente e sugere edição de uma medida provisória com
salvaguardas ao trabalhador e regulamentação de setores que poderão usar
esse tipo de contrato.
O senador solicita também rejeição à nova regra para o trabalho
insalubre para gestantes e lactantes e afirma ser contra a revogação dos
15 minutos de intervalo para mulheres antes da hora extra. Para evitar
precarização das condições de trabalho, o relatório pede ainda veto e
futura regulamentação sobre a redução do horário de almoço para 30
minutos.
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