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Terceirização pode chegar a 75% dos trabalhadores do país, diz sociólogo
Segundo
Ruy Braga professor do departamento de Sociologia da USP, trabalhadores
terceirizados têm jornadas mais longas, salários menores e são mais
atingidos por doenças do trabalho do que os efetivos que desempenham a
mesma função.
(Foto: EBC)
De acordo com Ruy Braga,
professor do departamento de Sociologia da Universidade de São Paulo
(USP), a lei que permite a terceirização irrestrita, aprovada na
quarta-feira pela Câmara, pode fazer com que os trabalhadores
brasileiros sob esse regime passem a ser maioria.
“Isso porque os
brasileiros hoje terceirizados têm duas características ainda
predominantes no mercado de trabalho brasileiro – eles são pouco
qualificados e recebem baixos salários. Ainda segundo a Rais, 73% dos
vínculos contabilizados naquele período (o último dado disponível), 34,5
milhões, têm remuneração média de até três salários mínimos e 75,9%,
escolaridade que chega, no máximo, ao ensino médio completo. Um em cada
cinco concluíram, no máximo, o fundamental”, afirma.
Braga cita
estudos conduzidos por entidades como o Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) que mostram que os
trabalhadores terceirizados têm jornadas mais longas, salários menores e
são mais atingidos por doenças do trabalho do que os efetivos que
desempenham a mesma função.
“A terceirização ampla pode promover
uma inversão estrutural no mercado de trabalho. Em cinco, sete anos o
total de terceirizados por chegar a 75%”, garante.
Com informações do Valor Econômico Fonte: Revista Fórum
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