Desemprego é maior entre pretos e pardos, e rendimento é menor, diz IBGE
O desemprego entre pretos e pardos no final do ano passado
foi maior que a média nacional, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (23).
Enquanto a taxa de desemprego no país foi de 12% no final do
quarto trimestre, ela chegou a 14,4% entre pretos e a 14,1% entre pardos. Para
os brancos, a taxa foi menor, de 9,5%.
Os dados fazem parte de um detalhamento da Pnad (Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, divulgada no final do mês
passado.
O que você faz para driblar a crise?
Bicos
Arrumei mais um emprego
Só apertei o cinto
Não faço nada de diferente
Abri meu negócio l
O uso do termo "preto" costuma ser criticado nas
redes sociais como supostamente preconceituoso, mas é a terminologia oficial da
pesquisa do IBGE. O grupo mais genérico de "negros" reúne as cores
específicas, "preta" e "parda", explica o instituto.
Do total de 12,3 milhões de desempregados no último
trimestre de 2016, a maioria (52,7%) era parda. Brancos representavam 35,6%, e
pretos, 11%.
Na população total, os brancos representam 45,2%, os pardos,
45,1%, e os pretos, 8,9%, de acordo com a última contagem do IBGE, de 2015.
A pesquisa também mostrou diferenças no rendimento de
pretos, pardos e brancos. Enquanto os brancos tiveram rendimento médio de R$
2.660, acima da média nacional (R$ 2.043), pardos receberam R$ 1.480 e pretos,
R$ 1.461.
Desemprego é maior entre mulheres e jovens
Proporcionalmente, o desemprego é maior entre as mulheres. A
taxa de desocupação entre elas foi de 13,8%, e entre os homens, de 10,7%.
O percentual de mulheres (50,3%) na população desocupada foi
superior ao de homens (49,7%) no quarto trimestre em quase todas as regiões do
país.
A exceção foi a região Nordeste, onde as mulheres representavam
48,7% da população desocupada.
Considerando o desemprego por idade, o IBGE informou que a
taxa foi maior entre jovens de 18 a 24 anos (25,9%). Já no grupos de pessoas de
25 a 39 anos o desemprego foi de 11,2% e, no de 40 a 59 anos, de 6,9%.
11,8 milhões de desempregados em 2016
O Brasil fechou 2016 com 11,8 milhões de desempregados, em
média, o que representa um aumento de 37% na comparação com 2015, quando eram
8,6 milhões. É o maior registrado pela pesquisa, que começou a ser feita em
2012.
A taxa de desemprego no ano passado foi de 11,5%, em média,
também a maior desde 2012. Em 2015, a taxa média de desemprego havia sido de
8,5%.
Somente no quarto trimestre de 2016, o Brasil tinha 12,3
milhões de desempregados, segundo o IBGE, o maior número desde 2012. É um
aumento de 2,7% na comparação com o terceiro trimestre, e de 36% em relação ao
mesmo período de 2015.
Comentários
Postar um comentário