Trabalhador mais qualificado prevê melhora no nível de emprego
A percepção de melhora no mercado de trabalho é maior entre os mais qualificados. A afirmação é de Fernando de Hollanda Barbosa Filho, economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV), ao analisar a queda de 0,8 ponto do Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) em julho, que atingiu 96,8 pontos.
Entre as pessoas que têm rendimento mensal entre R$ 4,8 mil e R$ 9,6 mil, o indicador que mede a percepção de obter emprego recuou 3 pontos. A queda foi de 1,8 ponto entre os que têm renda superior a R$ 9,6 mil.
"O mercado de trabalho está mais duro para quem tem menos qualificação, que foi a classe que mais se beneficiou quando o houve o 'boom' do emprego em anos recentes", diz Barbosa Filho. O resultado do ICD representou o menor patamar para o índice desde abril deste ano, quando atingiu 95,6 pontos.
Segundo o economista do Ibre, o mercado de trabalho ainda não está melhorando, mas apenas "despiorando". "Tem uma luz no fim do túnel, mas a situação ainda está ruim", afirma, lembrando que o Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) subiu pela quinta vez, avançando para 89,1 pontos, o maior nível desde os 89,2 pontos de março de 2014. Nos últimos 12 meses, o IAEmp saltou de 64,2 pontos em agosto do ano passado para os 89,1 pontos registrados agora.
Para Barbosa Filho, a grande dúvida é se essa expectativa de recuperação - a expectativa para os próximos seis meses subiu 12,2 pontos entre junho e julho e ajudou a puxar o IAEmp - vai de fato se confirmar. Nesse sentido, diz, a confirmação das expectativas do IAEmp pode ter efeito positivo sobre o ICD nos próximos meses. "A esperança de melhora gera a expectativa positiva. Mas se essa expectativa de melhora se frustrar, a melhora do ICD também pode ir pelo mesmo caminho", diz Barbosa Filho.
Pela métrica das médias móveis trimestrais, o IAEmp subiu 4,2 pontos em julho, sinalizando aceleração da tendência de atenuação do ritmo de queda total de pessoal ocupado no país nos próximos meses. Já o ICD, também de acordo com as médias móveis trimestrais, subiu 0,4 ponto, mostrando, segundo a avaliação da FGV, "certa estabilização da taxa de desemprego nos últimos meses".
Na visão do departamento Econômico do Bradesco, os indicadores de mercado de trabalho divulgados ontem pela FGV sinalizam dados menos negativos no mercado de trabalho ao longo dos próximos meses. "Ao longo deste semestre, deveremos observar saldos de geração de vagas formais do Caged cada vez menos negativos e retração menos intensa da população ocupada. Isso, por sua vez, deve levar a taxa de desemprego a subir de forma mais moderada no período", afirmam os economistas do banco em relatório.
Entre as pessoas que têm rendimento mensal entre R$ 4,8 mil e R$ 9,6 mil, o indicador que mede a percepção de obter emprego recuou 3 pontos. A queda foi de 1,8 ponto entre os que têm renda superior a R$ 9,6 mil.
"O mercado de trabalho está mais duro para quem tem menos qualificação, que foi a classe que mais se beneficiou quando o houve o 'boom' do emprego em anos recentes", diz Barbosa Filho. O resultado do ICD representou o menor patamar para o índice desde abril deste ano, quando atingiu 95,6 pontos.
Segundo o economista do Ibre, o mercado de trabalho ainda não está melhorando, mas apenas "despiorando". "Tem uma luz no fim do túnel, mas a situação ainda está ruim", afirma, lembrando que o Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) subiu pela quinta vez, avançando para 89,1 pontos, o maior nível desde os 89,2 pontos de março de 2014. Nos últimos 12 meses, o IAEmp saltou de 64,2 pontos em agosto do ano passado para os 89,1 pontos registrados agora.
Para Barbosa Filho, a grande dúvida é se essa expectativa de recuperação - a expectativa para os próximos seis meses subiu 12,2 pontos entre junho e julho e ajudou a puxar o IAEmp - vai de fato se confirmar. Nesse sentido, diz, a confirmação das expectativas do IAEmp pode ter efeito positivo sobre o ICD nos próximos meses. "A esperança de melhora gera a expectativa positiva. Mas se essa expectativa de melhora se frustrar, a melhora do ICD também pode ir pelo mesmo caminho", diz Barbosa Filho.
Pela métrica das médias móveis trimestrais, o IAEmp subiu 4,2 pontos em julho, sinalizando aceleração da tendência de atenuação do ritmo de queda total de pessoal ocupado no país nos próximos meses. Já o ICD, também de acordo com as médias móveis trimestrais, subiu 0,4 ponto, mostrando, segundo a avaliação da FGV, "certa estabilização da taxa de desemprego nos últimos meses".
Na visão do departamento Econômico do Bradesco, os indicadores de mercado de trabalho divulgados ontem pela FGV sinalizam dados menos negativos no mercado de trabalho ao longo dos próximos meses. "Ao longo deste semestre, deveremos observar saldos de geração de vagas formais do Caged cada vez menos negativos e retração menos intensa da população ocupada. Isso, por sua vez, deve levar a taxa de desemprego a subir de forma mais moderada no período", afirmam os economistas do banco em relatório.
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