Desemprego bate 10,9% e atinge 11,1 milhões de pessoas; é o pior desde 2012
O desemprego no país atingiu, em média, 10,9% no primeiro trimestre de
2016. É o maior nível registrado pela pesquisa, que começou a ser feita
em 2012.
No período, o número de desempregados no Brasil chegou a 11,1 milhões de pessoas.
Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (29) e fazem parte da Pnad
(Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, do IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). São pesquisadas
211.344 casas em cerca de 3.500 municípios. A pesquisa usa dados de
trimestres móveis, ou seja, de três meses até a pesquisa.
O IBGE
considera desempregado quem não tem trabalho e procurou algum nos 30
dias anteriores à semana em que os dados foram coletados.
A proporção de trabalhadores com carteira assinada e o rendimento médio também caíram.
"Não houve no primeiro trimestre deste ano efetivação de
temporários", disse o coordenador da pesquisa no IBGE, Cimar Azeredo. "O
mercado de trabalho é reflexo da conjuntura e, como ela está
desfavorável, há impacto direto no emprego."
Comparação com resultados anteriores
Entre janeiro e março de 2016, a taxa de desemprego foi de 10,9%:
- no trimestre anterior (out-15 a dez-15), havia sido de 9%;
- um ano antes (jan-15 a mar-15), havia sido de 7,9%;
- no trimestre encerrado em fevereiro (dez-15 a fev-16), havia sido de 10,2%.
O número de desempregados chegou a 11,1 milhões de pessoas:
- no trimestre anterior (out-15 a dez-15), havia sido de 9,1 milhões (alta de 22,2%);
- um ano antes (jan-15 a mar-15), havia sido de 7,9 milhões (alta de 39,8%);
- no trimestre encerrado em fevereiro (dez-15 a fev-16), havia sido de 10,4 milhões (alta de 4,8%).
População ocupada
Segundo a pesquisa, a população ocupada somou 90,6 milhões de pessoas,
queda de 1,7% quando comparada com o último trimestre de 2015.
Comparada com o resultado do mesmo período do ano passado, houve queda de 1,5%, de acordo com o instituto.
Carteiras assinadas caem 2,2%
O número de trabalhadores com carteira assinada caiu 2,2% no primeiro
trimestre, na comparação com o quarto trimestre do ano passado.
Em relação ao primeiro trimestre de 2015, foi registrada queda de 4%.
Rendimento médio de R$ 1.966
O rendimento médio real (ajustado pela inflação) dos trabalhadores foi
de R$ 1.966, enquanto o registrado no quarto trimestre de 2015 havia
sido de R$ 1.961. O resultado é considerado estável pelo IBGE.
Na comparação com mesmo trimestre do ano passado (R$ 2.031), houve queda de 3,2%.
Três pesquisas sobre emprego
O IBGE fazia outras duas pesquisas com dados de desemprego, mas vai manter apenas a Pnad Contínua mensal, que é nacional.
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