Brasil ganha 20 dias de licença para pais, mas Suécia tem 6 meses; compare 4
A presidente Dilma Rousseff sancionou lei que aumenta a licença-paternidade de cinco para 20 dias, se o pai for funcionário de firma vinculada ao Programa Empresa Cidadã.
Segundo a Receita Federal, atualmente há 2,9 milhões de empregados em
empresas do programa, contando homens e mulheres. O Brasil tem 39,6
milhões de trabalhadores com carteira assinada, de acordo com dados de
janeiro do Ministério do Trabalho.
A licença dos pais que se
enquadrarem na legislação se iguala à de Portugal e estará entre as dez
maiores do mundo, segundo os dados mais recentes da Organização
Internacional do Trabalho (OIT).
Apenas dez países têm leis que garantem licenças por mais de 15 dias aos pais, de acordo com o órgão:
- Suécia: 180 dias
- Bélgica: 130 dias
- Noruega: 112 dias
- Islândia: 90 dias
- Eslovênia: 90 dias
- EUA: 84 dias (sem pagamento)
- Finlândia: 54 dias
- Japão: 52 dias
- Lituânia: 30 dias
- Portugal: 20 dias
Dos dez, só os EUA não garantem algum pagamento aos pais durante o período da licença.
Considerando apenas a licença que vale para todos os trabalhadores, de 5
dias, o Brasil fica na 54ª posição do ranking, ao lado de países como
Chile, México, Etiópia, Hungria e Cazaquistão.
A OIT afirma que
esses dados são de licenças garantidas por leis nacionais e que são
reservadas aos pais por causa do nascimento do filho. Isso não inclui
outras licenças, que podem ser usadas tanto pela mãe quanto pelo pai, ou
partes da licença da mãe que podem ser transferidas ao pai.
Metade dos países não tem licença
Um estudo publicado pela OIT nesta semana afirma que apenas metade dos
países do mundo dão licenças aos pais. Mesmo nos países em que há a
licença, o mais comum é que ela seja menor do que uma semana (isso
acontece em 42 países).
Há ainda aqueles que não garantem
pagamento ao trabalhador durante o período. São pelo menos oito países
assim, como os EUA e a Etiópia.
Mas isso está mudando. Segundo a
OIT, mais países estão reconhecendo que homens têm o desejo e a
obrigação de se envolverem mais no período crítico do começo da vida da
criança e, em geral, dividir mais igualmente os cuidados e trabalhos da
casa.
Em 1994, havia licença-paternidade em 40 de 141 países
estudados pela OIT. Em 2015, esse número subiu para 94 dos 170 países em
que há dados disponíveis.
O estudo afirma que a licença
influencia os pais a assumirem mais responsabilidades no cuidado da
família, e também tem efeito no desenvolvimento da criança. Pais que
tiram a licença, principalmente de duas semanas ou mais após o
nascimento, têm maior tendência a se envolverem nos cuidados dos filhos.
Veja de quanto é a licença-paternidade em outros países, segundo a OIT:
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