1º de Maio da UGT busca alternativas para minimizar o sofrimento do trabalhador
Pelo
terceiro ano consecutivo, a União Geral dos Trabalhadores (UGT)
entendeu que 1º de Maio é pensar no trabalhador dentro de uma conjuntura
social, econômica e política. A partir daí, longe das festividades
comuns das outras centrais sindicais, a UGT traz para essa data, um
convite à reflexão ao momento que o País está passando. Entre os dias 25
e 26 de abril, no Novotel, em SP, a UGT, em parceria com a Unicamp
(Cesit), realizará o seminário: “Trabalhadores e Trabalhadoras em Tempos
de Crise: Construindo Alternativas”.
E
para a pauta de discussões, três momentos que o Brasil tem vivenciado:
Crise Política e Econômica, Centenário do Samba e as Olimpíadas Rio
2016. Temas que estão relacionados diretamente ao problema do emprego e
das condições de trabalho. Com a explosão do desemprego, quais
alternativas para a classe trabalhadora?
Com
as mudanças advindas da globalização, o capital modificou, e o jeito
das pessoas agirem e pensarem também mudou. Com vista à necessidade de
reciclar a forma de atuação do movimento sindical, a UGT vê nessa
proposta de comemorar seu 1º de Maio, uma saída mais produtiva para o
trabalhador e trabalhadora brasileiros.
“O
capital se globalizou, mas a ação sindical ainda não se globalizou, ela
continua ainda de forma muito regionalizada, com suas características
locais, nós temos que fazer algo mais denso. Por isso essa parceria para
nos trazer um certo conhecimento do ponto de vista acadêmico, nos
permite enxergar o que está acontecendo em outras áreas, no Brasil e em
outras partes do mundo”, comunica Francisco Pereira, o Chiquinho,
secretário de Organização e Políticas Sindicas da UGT e presidente do
Sindicato dos Padeiros de SP.
Com
a inversão na sociedade, em que movimento sociais vão às ruas se
manifestar, independente de sindicatos, qual o novo papel do
sindicalismo? Dando sempre um passo à frente, a UGT que também já trouxe
os 30 anos de Redemocratização, relembra esse ano o centenário do
samba, gênero que há muito foi porta-voz de toda uma sociedade, que traz
alegria para o povo mas que também vive suas dificuldades.
Assim
como o esporte. As Olimpíadas estão chegando, mas com ela tem os
trabalhadores. Quais as condições de trabalho? E quando o assunto é
Paraolimpíadas, chegamos nos atletas que tiveram que se reinventar,
muitos por serem trabalhadores de fábricas e, acidentados, tiveram seus
membros amputados, não podendo mais exercer fisicamente suas funções.
“Esse
ano o nosso 1º de Maio acontece num momento extremamente singular, de
muita turbulência, em que a crise política e econômica, ética, moral, de
confiança, enfim, uma crise generalizada, que colocou o país na
condição de alerta. As pessoas vivem com medo assustadas, porque não têm
condições de prever minimamente qual é o dia de amanhã. Qual será nossa
contribuição? O que a UGT pode contribuir? O que pode fazer para que o
Brasil possa caminhar? Como sinalizar para que o País possa ao menos ter
condições de cessar essa crise e que a gente tenha condições de
oferecer aos trabalhadores uma possibilidade dele sonhar com o dia de
amanhã? Porque acho criminoso o preço que o trabalhador paga por alguma
coisa que ele não seja responsável”, diz Chiquinho.
Com
essa indignação, é que a UGT chama os dirigente interessados a
participar para refletir e encontrar novas alternativas. Para se
inscrever, basta acessar o site da UGT: www.ugt.org.br.
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