Nota oficial da UGT sobre as anunciadas reformas da Previdência e Trabalhista
Aumentar exclusão não desenvolve a Nação
Mais uma vez, se anunciam às vésperas do Natal medidas que só fazem
prever um Ano Novo repleto de tristezas e incertezas para os
trabalhadores e suas famílias. Novamente, erra no alvo e na forma o
Governo Dilma. Atropela o diálogo com as Centrais Sindicais e
arbitrariamente aponta a tesoura dos cortes ao muito pouco que o Estado
Brasileiro retorna aos trabalhadores efetivamente contribuintes da
Previdência Social. Enquanto isso, nada é apresentado para conter a
verdadeira sangria do Tesouro Nacional, representada pelos privilégios e
favores bilionários que sustentam as castas de uma elite empresarial e
política que vive de sugar o Estado Brasileiro.
Escolher este momento de grave crise, com o País à beira da depressão
econômica, para propor Reforma da Previdência e Reforma Trabalhista é
um verdadeiro crime de lesa-trabalhador. Falar em negociado sobre o
legislado, terceirização e outras flexibilizações, enquanto o desemprego
cresce descontroladamente é dar cobertura do Governo à negociação entre
a corda do patrão e o pescoço da classe trabalhadora.
A UNIÃO GERAL DOS TRABALHADORES rejeita e repudia a
adoção de medidas nas áreas previdenciária e trabalhista tramadas em
gabinetes, à revelia das mesas de negociação e concertação das quais
participam as Centrais Sindicais e as organizações de aposentados.
Reafirmamos nosso empenho pela adoção dos consensos estabelecidos no
Compromisso Pelo Desenvolvimento, firmado entre as Centrais Sindicais e
setores empresariais realmente preocupados em tirar o Brasil do atoleiro
em que foi lançado.
Por tudo isso, a UGT conclama os brasileiros e suas lideranças
sindicais a resistirem, por todos os meios ao seu alcance, a mais estes
ataques aos direitos e conquistas que a duras penas foram acumulados ao
longo da história de lutas da classe trabalhadora brasileira.
Ricardo Patah
Presidente da União Geral dos Trabalhadores
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