Loja deve indenizar funcionária chamada de 'gorda' e 'bigoduda' no WhatsApp
A Diederichsen, dona de uma franquia da loja de artigos esportivos
World Tennis em Itajaí (SC), deve pagar R$ 13 mil a uma funcionária que
sofreu assédio moral de seu gerente via WhatsApp. Ainda cabe recurso de
decisão.
Segundo a funcionária, o chefe a chamava de "gorda",
"feia", "bunda mole", "bigoduda" e fazia comentários sobre seu corpo, em
mensagens compartilhadas diariamente com a equipe pelo aplicativo de
celular.
Os desembargadores da 1ª Câmara do Tribunal Regional do
Trabalho de Santa Catarina, que julgaram o caso, afirmaram que os atos
repetitivos do gerente acabaram criando um ambiente hostil e tornaram
insustentável a permanência da funcionária na empresa.
Para o
desembargador-relator Garibaldi Tadeu Pereira Ferreira, a mulher "foi
exposta a frequentes e repetitivos atos atentatórios a sua dignidade,
que lhe causaram danos psicológicos e tinham o objetivo de coagi-la a
pedir demissão".
Gerente foi demitido por justa causa
A
Diederichsen afirma que demitiu o gerente por justa causa assim que
soube da atitude, e disse que "ele agiu, no âmbito pessoal, de maneira
desrespeitosa contra a ex-funcionária".
A empresa disse,
ainda, que não pode ser responsabilizada por ofensas pessoais trocadas
por funcionários "em suas vidas privadas e fora do horário de
expediente".
A companhia disse que a ex-funcionária nunca
tinha se queixado diretamente à direção ou supervisores, que não tem
grupo no WhatsApp, e que não permite que os funcionários usem celulares
ou acessem redes sociais durante o expediente.
A empresa, disse,
ainda, que orienta os empregados a, mesmo fora do trabalho, evitar "o
relacionamento com colegas no ambiente virtual".
Ampliar
A
Justiça do Trabalho do Rio Grande do Sul condenou a rede de lojas
C&A a pagar indenização de R$ 30 mil a uma ex-supervisora que foi
filmada por uma câmera escondida instalada no banheiro feminino. O
equipamento foi colocado no local por um gerente e um supervisor da
loja, que espiavam a troca de roupa das funcionárias Leia mais Rivaldo Gomes/Folhapress
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