Loja deve indenizar funcionária chamada de 'gorda' e 'bigoduda' no WhatsApp

A Diederichsen, dona de uma franquia da loja de artigos esportivos World Tennis em Itajaí (SC), deve pagar R$ 13 mil a uma funcionária que sofreu assédio moral de seu gerente via WhatsApp. Ainda cabe recurso de decisão.
Segundo a funcionária, o chefe a chamava de "gorda", "feia", "bunda mole", "bigoduda" e fazia comentários sobre seu corpo, em mensagens compartilhadas diariamente com a equipe pelo aplicativo de celular.
Os desembargadores da 1ª Câmara do Tribunal Regional do Trabalho de Santa Catarina, que julgaram o caso, afirmaram que os atos repetitivos do gerente acabaram criando um ambiente hostil e tornaram insustentável a permanência da funcionária na empresa.
Para o desembargador-relator Garibaldi Tadeu Pereira Ferreira, a mulher "foi exposta a frequentes e repetitivos atos atentatórios a sua dignidade, que lhe causaram danos psicológicos e tinham o objetivo de coagi-la a pedir demissão".

Gerente foi demitido por justa causa

A Diederichsen afirma que demitiu o gerente por justa causa assim que soube da atitude, e disse que "ele agiu, no âmbito pessoal, de maneira desrespeitosa contra a ex-funcionária".
A empresa disse, ainda, que não pode ser responsabilizada por ofensas pessoais trocadas por funcionários "em suas vidas privadas e fora do horário de expediente".  
A companhia disse que a ex-funcionária nunca tinha se queixado diretamente à direção ou supervisores, que não tem grupo no WhatsApp, e que não permite que os funcionários usem celulares ou acessem redes sociais durante o expediente.
A empresa, disse, ainda, que orienta os empregados a, mesmo fora do trabalho, evitar "o relacionamento com colegas no ambiente virtual".
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Confira casos inusitados que renderam indenização34 fotos

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A Justiça do Trabalho do Rio Grande do Sul condenou a rede de lojas C&A a pagar indenização de R$ 30 mil a uma ex-supervisora que foi filmada por uma câmera escondida instalada no banheiro feminino. O equipamento foi colocado no local por um gerente e um supervisor da loja, que espiavam a troca de roupa das funcionárias Leia mais Rivaldo Gomes/Folhapress

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