Luta por aumento real de salário, direitos e empregos
“O aumento real que queremos é igual ao da inflação do período. O trabalhador não pode perder poder aquisitivo”
Diferentes categorias iniciam as Campanhas Salariais deste ano
sabedoras de que enfrentarão inúmeros desafios, decorrentes, em sua
maioria, da crise econômica que o País atravessa. “Em 2015, os
trabalhadores vão ampliar a lista de prioridades. Além do aumento real e
reajustes nos benefícios sociais, eles também farão mobilizações pela
defesa dos direitos dos trabalhadores e do emprego”, declara Miguel
Torres, presidente da Força Sindical.
“Embora a mobilização seja única, as negociações e acordos serão feitos
com interlocutores diferentes. O aumento real será negociado
diretamente com os patrões nas reuniões para discutir as Convenções
Coletivas de cada categoria. Os direitos, com o governo e o Congresso.
Já a manutenção do emprego dependerá de negociações com o governo e as
empresas”, explica Miguel.
Os Sindicatos e a Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da
Alimentação de SP (Fetiasp) estão debatendo a pauta de reivindicações da
Campanha Salarial do 1º semestre, que será submetida aos trabalhadores
em assembleias. Depois de aprovada será entregue aos patrões para o
início das negociações.
“O percentual de aumento real que vamos reivindicar será igual ao da
inflação do período, porque o trabalhador não pode perder poder
aquisitivo devido à inflação alta”, ressalta Melquíades de Araújo,
presidente da Fetiasp. Segundo ele a situação está complicada, e na
cadeia sucroalcooleira foram extintos 300 mil empregos no País. “Nesta
área, o emprego é prioridade”, afirma.
Atuam no setor sucroalcooleiro os trabalhadores da alimentação na
produção de açúcar, e, os químicos, na do álcool. “O setor enfrenta
grave crise. São 40 unidades fechadas nos últimos anos, além de várias
empresas em recuperação judicial. Esta situação é fruto da falta de
política do governo para a área. E não foi gerada pelos trabalhadores.
Não vamos abrir mão do aumento real e dos direitos”, diz Edson Bicalho,
secretário-geral da Fequimfar (Federação dos Químicos de SP).
Frentistas
Com data-base em 1º de março, o Sindicato dos Frentistas de São Paulo
passou a utilizar a Campanha Salarial para conscientizar os 25 mil
trabalhadores a participar das manifestações contra das medidas do
governo federal, que restringem o acesso ao seguro-desemprego, abono
salarial e auxílio-doença.
“Precisamos de unidade e mobilização para garantir nossos direitos”,
afirmou o presidente do Sinpospetro-SP, Rivaldo Morais da Silva, ao
acrescentar que os diretores têm debatidos estes temas em visitas aos
postos de combustíveis.
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