Número de trabalhadores da indústria criativa cresceu 90% na última década
Agência Brasil
A indústria criativa no Brasil registrou, entre 2004 e 2013, crescimento de 90% no número de trabalhadores, superando a expansão de 56% observada no mercado de trabalho no mesmo período. O dado consta do Mapeamento da Indústria Criativa no Brasil, divulgada nesta quinta-feira (11) pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). O gerente de Economia e Estatística do Sistema Firjan, Guilherme Mercês, disse à Agência Brasil que “os trabalhadores criativos vêm ganhando espaço, ano após ano, no mercado de trabalho brasileiro”.
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Ele destacou que, embora as pessoas, de modo geral, associem esse tipo de profissionais a ambientes ou empresas criativas, como agências de publicidade e produtoras, “a verdade é que um quarto desses trabalhadores, isto é, 221 mil do universo mapeado de 892,5 mil trabalhadores, atuam na indústria de transformação onde, inclusive, têm uma participação superior à do mercado nacional”.
Dentro da indústria de transformação, o economista destacou os profissionais criativos que trabalham em áreas como pesquisa e desenvolvimento (P&D), distribuídos em várias indústrias, principalmente aquelas que necessitam de tecnologia avançada e são intensivas em capital, moda, design, que permeiam diferentes indústrias, como a automotiva, e agregam valor ao produto.
Guilherme Mercês lembrou que outra área que passou a incorporar profissionais nos quadros de grandes e médias empresas é a publicidade. “Hoje, você tem um mercado de consumo muito desenvolvido e as grandes empresas estão incorporando a publicidade para impulsionar seu lado comercial”.
O economista da Firjan considerou que isso representa uma evolução do trabalho da indústria que sinaliza para uma tendência não só no Brasil, mas no mundo todo, que é “abarcar maior valor agregado a partir de trabalhadores criativos dentro da indústria clássica”.
O estudo mostra que os salários da indústria criativa chegam a quase três vezes a média brasileira. “Enquanto o trabalhador brasileiro médio ganha pouco mais de R$ 2 mil, o trabalhador criativo supera os R$ 5,4 mil mensais. Ou seja, são trabalhadores muito especializados, com exigência de qualificação elevada e isso justifica os salários mais altos do que os trabalhadores padrão”, disse.
De acordo com o estudo da Firjan, o maior número de trabalhadores criativos foi encontrado em São Paulo (349 mil) e no Rio de Janeiro (107 mil). Juntos, os dois estados representam 51,1% dos trabalhadores criativos da indústria brasileira. A participação deles no total do mercado de trabalho de São Paulo e do Rio de Janeiro atinge 2,5% e 2,3%, respectivamente, acima da média nacional (1,8%).
Em consequência, os dois estados concentram também os maiores salários. Segundo Mercês, isso tem a ver com a natureza da indústria criativa. “Eu diria que a indústria criativa se desenvolve mais, tem maior protuberância nas economias mais desenvolvidas, que já deixaram de ser indústrias tipicamente clássicas e conseguem agregar valor e criatividade”.
Na pesquisa, os segmentos criativos foram divididos em quatro grandes áreas: consumo (arquitetura, publicidade, design, moda); cultura (patrimônio e artes, artes cênicas, música, expressões culturais); mídias (editorial, audiovisual); e tecnologia (biotecnologia, pesquisa e desenvolvimento, tecnologia da informação e comunicação -TIC).
Apesar do avanço registrado no Rio de Janeiro e em São Paulo, o economista sublinhou que, ao se olhar para a última década, constata-se expansão da indústria criativa em todos os estados. “Os trabalhadores criativos ganharam espaço em 23 dos 27 estados brasileiros”. E a remuneração acompanhou esse movimento: "cresceu 25% nos últimos dez anos, ficando um pouco abaixo da remuneração geral (29,8%), o que é natural em um setor que já recebe muito acima do trabalhador médio”.
O estudo mostrou ainda que o setor criativo cresceu 69,1% na última década no número de empresas criativas, que somaram 251 mil estabelecimentos no ano passado. A estimativa, considerando a massa salarial dessas empresas, é que a indústria brasileira criativa gere um Produto Interno Bruto (PIB) em torno de R$ 126 bilhões, o que corresponde a 2,6% do total produzido no Brasil, no ano passado. Em 2004, o índice era 2,1%. No espaço de dez anos, o PIB total da indústria criativa cresceu 69,8% em termos reais, salientou Guilherme Mercês. Em igual período, o PIB brasileiro aumentou 36,4%.
Dentro da indústria de transformação, o economista destacou os profissionais criativos que trabalham em áreas como pesquisa e desenvolvimento (P&D), distribuídos em várias indústrias, principalmente aquelas que necessitam de tecnologia avançada e são intensivas em capital, moda, design, que permeiam diferentes indústrias, como a automotiva, e agregam valor ao produto.
Guilherme Mercês lembrou que outra área que passou a incorporar profissionais nos quadros de grandes e médias empresas é a publicidade. “Hoje, você tem um mercado de consumo muito desenvolvido e as grandes empresas estão incorporando a publicidade para impulsionar seu lado comercial”.
O economista da Firjan considerou que isso representa uma evolução do trabalho da indústria que sinaliza para uma tendência não só no Brasil, mas no mundo todo, que é “abarcar maior valor agregado a partir de trabalhadores criativos dentro da indústria clássica”.
O estudo mostra que os salários da indústria criativa chegam a quase três vezes a média brasileira. “Enquanto o trabalhador brasileiro médio ganha pouco mais de R$ 2 mil, o trabalhador criativo supera os R$ 5,4 mil mensais. Ou seja, são trabalhadores muito especializados, com exigência de qualificação elevada e isso justifica os salários mais altos do que os trabalhadores padrão”, disse.
De acordo com o estudo da Firjan, o maior número de trabalhadores criativos foi encontrado em São Paulo (349 mil) e no Rio de Janeiro (107 mil). Juntos, os dois estados representam 51,1% dos trabalhadores criativos da indústria brasileira. A participação deles no total do mercado de trabalho de São Paulo e do Rio de Janeiro atinge 2,5% e 2,3%, respectivamente, acima da média nacional (1,8%).
Em consequência, os dois estados concentram também os maiores salários. Segundo Mercês, isso tem a ver com a natureza da indústria criativa. “Eu diria que a indústria criativa se desenvolve mais, tem maior protuberância nas economias mais desenvolvidas, que já deixaram de ser indústrias tipicamente clássicas e conseguem agregar valor e criatividade”.
Na pesquisa, os segmentos criativos foram divididos em quatro grandes áreas: consumo (arquitetura, publicidade, design, moda); cultura (patrimônio e artes, artes cênicas, música, expressões culturais); mídias (editorial, audiovisual); e tecnologia (biotecnologia, pesquisa e desenvolvimento, tecnologia da informação e comunicação -TIC).
Apesar do avanço registrado no Rio de Janeiro e em São Paulo, o economista sublinhou que, ao se olhar para a última década, constata-se expansão da indústria criativa em todos os estados. “Os trabalhadores criativos ganharam espaço em 23 dos 27 estados brasileiros”. E a remuneração acompanhou esse movimento: "cresceu 25% nos últimos dez anos, ficando um pouco abaixo da remuneração geral (29,8%), o que é natural em um setor que já recebe muito acima do trabalhador médio”.
O estudo mostrou ainda que o setor criativo cresceu 69,1% na última década no número de empresas criativas, que somaram 251 mil estabelecimentos no ano passado. A estimativa, considerando a massa salarial dessas empresas, é que a indústria brasileira criativa gere um Produto Interno Bruto (PIB) em torno de R$ 126 bilhões, o que corresponde a 2,6% do total produzido no Brasil, no ano passado. Em 2004, o índice era 2,1%. No espaço de dez anos, o PIB total da indústria criativa cresceu 69,8% em termos reais, salientou Guilherme Mercês. Em igual período, o PIB brasileiro aumentou 36,4%.
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