Região Nordeste registra reajustes mais elevados de salários em acordos coletivos
Região Nordeste registra reajustes mais elevados de salários em acordos coletivos
Entre os setores, o percentual mais alto foi dado pela construção civil, 8,3%
Divulgação
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Em setembro, o Nordeste foi a região que concedeu os maiores reajustes
salariais registrados em acordos e convenções coletivas no país - 8% em
média em termos nominais, contra 7,8% nas regiões Sudeste e Sul. Entre
os setores, o percentual mais alto foi dado pela construção civil, 8,3%.
O comércio apurou 7,9% de aumento selado nos acordos e foi seguido pela
indústria, que atingiu 7,8%.
Os dados compõem os primeiros resultados do projeto salarios.org.br,
lançado ontem pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
Com defasagem de pouco mais de um mês, o site acompanha diferentes
cláusulas das negociações homologadas no Ministério do Trabalho - cerca
de 200 novas por dia -, mostra a trajetória da folha de salários do país
- que chega a R$ 85 bilhões até agosto, contabilizando apenas o setor
formal - e o valor médio da remuneração de cada categoria, com filtros
por Estado, gênero, faixa etária, escolaridade e cor.
"As informações sobre os reajustes salariais no Brasil são tardias e
parciais. Para muitas empresas e trabalhadores é importante saber o que
está acontecendo em outras mesas antes de negociar", diz o coordenador
da iniciativa, Hélio Zylberstajn, da Faculdade de Economia,
Administração e Contabilidade da USP (FEA-USP).
Entre as conclusões preliminares, a ferramenta registrou, por exemplo,
que algumas negociações formalizam instrumentos hoje ilegais, como o
parcelamento da participação de lucros em mais de duas vezes ou a
distribuição desse benefício em cooperativas e organizações não
governamentais.
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