Cresce diferença salarial entre homens e mulheres
Divulgação
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O Brasil está agora na 124ª colocação entre 142 nações em relação à
igualdade de salários. Por trabalho igual, as mulheres receberiam 51% do
que é pago aos homens, em média, comparado a 54% no ano anterior. A
renda media das mulheres no Brasil é estimada em US$ 10.820 comparado a
US$ 18.402 dos homens, por ano. Globalmente, as diferenças de gênero
para oportunidades e participação econômica são de 60%.
De acordo com o estudo, 59% de companhias têm participação feminina no
seu controle acionário no Brasil, mas as mulheres ocupam apenas 9% de
cargos em conselhos de administração de empresas listadas na bolsa de
valores.
O relatório faz a classificação global considerando quatro áreas-chave:
participação econômica (salários, oportunidade e liderança), educação
(básica e avançada), capacitação política (representação nas estruturas
de tomada de decisão) e saúde e sobrevivência (expectativa de vida e
coeficiente sexual). Os resultados do índice podem ser interpretados
como a porcentagem da diferença que foi fechada entre homens e mulheres,
permitindo comparações entre países.
O relatório indica que o Brasil ficou na 15ª posição entre 25 países da
América Latina e fechou um pouco abaixo de 70% sua diferença de gênero.
O país caiu mesmo tendo fechado com sucesso lacunas entre gêneros no
nível educação e no de saúde e sobrevivência. O declínio na igualdade
salarial foi em parte compensado pelo aumento no período que o país tem
uma mulher na Presidência.
O Brasil figura no relatório no grupo de países como Japão, Chile e
Emirados Árabes Unidos, que investiram na educação das mulheres, mas não
removeram barreiras para a maior participação feminina no trabalho. Uma
prioridade no país deveria ser de garantir retornos em seus
investimentos através do aumento da participação das mulheres no mercado
de trabalho.
"Alcançar a igualdade de gênero é obviamente necessário por razões
econômicas. Somente as economias que tiverem total acesso a todos os
seus talentos permanecerão competitivas e prosperarão. E mais
importante, igualdade de gênero é uma questão de justiça'', diz em nota
Klaus Schwab, presidente do Fórum Econômico Mundial. De acordo com o
Fórum, pelo ritmo atual, serão necessários 81 anos para paridade de
gênero na área de trabalho globalmente.
Os países nórdicos - pelo ranking, do primeiro ao quinto lugar:
Islândia, Finlândia, Noruega, Suécia e Dinamarca - continuam sendo a
sociedade mais igualitária entre homens e mulheres no mundo. A Nicarágua
chegou à sexta posição, graças ao desempenho em educação, saúde e
política. Entre os membros do grupo Brics, o mais bem colocado é a
África do Sul (18ª), pela participação feminina na política. O Brasil
vem a seguir (71º), superando Rússia (75ª), China (87ª) e Índia (114)ª.
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