Taxa de desemprego segue em queda em julho
O desemprego no Brasil deve seguir em
queda no mês de julho. A projeção Catho-Fipe mostra que a taxa de
desemprego de julho medida pela PME/IBGE deve ficar em 4,7%, valor 0,9
ponto percentual menor do que o registrado em julho de 2013.
Esse pode ser o terceiro mês consecutivo
sem divulgação da taxa de desemprego pelo IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística). O instituto divulgou de forma incompleta os
dados dos últimos meses, já que — por conta da greve dos funcionários —
os dados de duas das seis regiões pesquisadas não foram
disponibilizados.
Se a expectativa da Catho-Fipe se
confirmar, será o menor valor para um mês de julho de toda a série
histórica, iniciada em 2002. Por questões sazonais, o início do ano
normalmente apresenta movimentos de alta na taxa de desemprego. É uma
época em que as pessoas que deixaram a força de trabalho no final do ano
retomam a busca por vagas, levando a um aumento natural na proporção de
desempregados.
De acordo com a Catho-Fipe, este ano tem
exibido comportamento atípico. Desde o início do ano, a taxa de
desemprego tem oscilado ao redor de 5,0%, sendo que em março e em abril a
taxa caiu em relação a fevereiro e março respectivamente pela primeira
vez desde o início da série.
Projeção
A estimativa Catho-Fipe utiliza o banco
de dados da Catho, de vagas e currículos cadastrados, além de outros
dados disponíveis na Internet, para encontrar o valor esperado para a
taxa de desemprego. Ao compilar e processar essas informações, a Fipe
calcula uma estimativa para a taxa de desemprego da Pesquisa Mensal de
Emprego, do IBGE.
Tempo de procura por novo emprego
Aumentou o número de brasileiros que
ficam mais tempo na fila do desemprego. O grupo de quem está há mais de
um ano à procura de recolocação profissional saltou de 12,8% do total de
desocupados, em abril do ano passado, para 17,4% em abril deste ano.
Esse fenômeno, dizem, antecede o
achatamento de salários, transforma o trabalhador em alguém “menos
empregável” por perda de qualificação e expõe um problema da economia: a
geração de postos de maior qualificação estagnou e mesmo o surgimento
de vagas com menores exigências ocorre em ritmo aquém do necessário para
absorver a mão de obra.
Fonte: Tribuna Hoje.
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