Em 10 anos, salário mínimo teve ganho real de 72,3%
O aumento real do salário mínimo tem
contribuído para a melhoria da qualidade de vida do trabalhador
brasileiro nos últimos anos, beneficiando diretamente cerca de 48
milhões de pessoas que têm sua renda vinculada ao valor do piso
nacional.
Desde 2003, o valor do mínimo teve
crescimento real (descontada a inflação) de 72,31%, de acordo com dados
do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos
(Dieese).
Essa política começou a ser elaborada em
2006 e se consolidou a partir de 2011, quando ficou definido que o
salário mínimo do trabalhador brasileiro seria reajustado, até 2015, com
base na Lei n° 12.382, de 25 de fevereiro de 2011. Pela regra, a cada
ano, o aumento corresponde à variação do Produto Interno Bruto (PIB) do
ano retrasado, mais a inflação do ano anterior medida pelo Índice
Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
Os resultados são reconhecidos por
entidades como a Organização Mundial do Trabalho (OIT). O dinheiro em
circulação impulsiona a economia, gerando novos empregos e fortalecendo o
desenvolvimento. De acordo com o Relatório Global sobre os Salários
2012/13, elaborado pela entidade, a média anual de crescimento do
salário real no Brasil superou a média mundial entre 2009 e 2011.
No mundo, os salários cresceram 1,3% em
2009; 2,1% em 2010 e 1,2% em 2011. No Brasil, os níveis atingiram quase o
dobro: 3,2% em 2009, ano da crise; chegando ao ápice em 2010, com 3,8%;
e 2,7%, em 2011. O relatório da organização aponta que a manutenção do
crescimento dos salários no País se deve às políticas de valorização do
salário mínimo e ao ganho de produtividade no mercado.
“Quando os salários aumentam em
consonância com o crescimento da produtividade estes aumentos são ambos
sustentáveis e estimulam um maior crescimento econômico face ao aumento
do poder de compra das famílias”, afirmou o diretor-geral da OIT, Guy
Ryder, ao divulgar o relatório.
Outros avanços
A política de valorização do mínimo
também impulsionou os ganhos obtidos pelos trabalhadores de diversas
categorias, nas negociações com os empregadores no ano passado.
Cerca de 95% das 685 unidades de
negociação, analisadas pelo Sistema de Acompanhamento de Salários
(SAS-Dieese), conquistaram reajustes para pisos salariais das categorias
em 2013, acima da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao
Consumidor (INPC), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE).
Segundo o Balanço dos Pisos Salariais
Negociados em 2013, do Dieese, o valor médio dos pisos salariais foi
cerca de 9% maior, em termos nominais, que o valor médio observado nas
mesmas unidades de negociação em 2012.
Fonte: Blog do Planalto.
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