Dilma concentra apoio das seis maiores centrais sindicais do país


Sindicalistas das seis maiores centrais sindicais do Brasil – CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST e CSB que, juntas representam mais de 6,5 milhões de trabalhadores sindicalizados reúnem-se com a presidenta Dilma Rousseff, na próxima quinta-feira, no Ginásio da Portuguesa, em São Paulo, para declarar apoio à sua reeleição.

Dessas seis centrais, a CUT já votou e decidiu, por unanimidade, apoiar a reeleição de Dilma – durante a 14ª Plenária Nacional da instituição, realizada na semana passada, em Guarulhos. No caso das outras cinco centrais, os apoios partem de milhares de sindicalistas de todo o país que acreditam no “projeto democrático e popular que a presidenta representa, independentemente do apoio institucional de suas entidades a outras candidaturas”, segundo nota dos organizadores.

Além do apoio, os sindicalistas entregarão à candidata petista uma pauta de reivindicações, entre elas, redução da jornada de trabalho sem redução de salário, regulamentação da convenção 151 da OIT, manutenção da política de valorização do salário mínimo, 10% do PIB para Educação, fim da rotatividade e demissão imotivada (convenção 158) e o fim do fator previdenciário.

Confirmaram presença no ato o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, os presidentes da CUT (Vagner Freitas), da UGT (Ricardo Patah), CTB (Adilson Araújo), da NCST (José Calixto Ramos) e Antonio Neto (CSB), secretários-gerais, como o Juruna, da Força Sindical e de outras centrais, e centenas de dirigentes das seis centrais.

Na rede

Dilma comemorava, nesta manhã, o fato de liderar as menções em redes sociais se comparada aos outros dois principais candidatos ao cargo de presidente: Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). Segundo pesquisa encomendada e divulgada na véspera, Dilma tem mais que o dobro da soma de seus concorrentes. O levantamento da empresa de monitoramento de redes sociais, R18, informa que durante o mês de julho a presidente foi mencionada 1,19 milhão de vezes no Facebook, no Twitter e no Instagram. Aécio teve 360 mil referências e Campos teve o nome citado 130 mil vezes.

O pico de citações nas redes sociais, porém, ocorre quando os candidatos são alvo de críticas ou de notícias negativas. O principal motivo de Dilma ter seu nome citado mais que seus adversários é pelo fato de ocupar a Presidência. Durante o mês de julho, os picos de menções à presidenta foram relacionados à Copa do Mundo 2014.

No caso de Aécio, as menções chegaram ao máximo após a revelação de que um aeroporto foi construído em terreno desapropriado no município de Cláudio (MG) que pertencia a um parente do político.

Campos, por sua vez, é criticado principalmente pela foto que publicou no Facebook em maio dentro de um jatinho durante a greve da PM em Pernambuco, que gerou transtornos, e pela Operação Lava Jato, que investiga esquema de lavagem de dinheiro.

Campanha no Norte

Nesta terça-feira, a presidenta Dilma fez nova agenda simultânea de campanha e de governo em sua passagem pelo Pará na manhã desta terça-feira, a exemplo de segunda-feira, em São Paulo. A presidenta visitou o canteiro de obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, em Altamira (PA). A viagem é parte da estratégia do comando da campanha para a reeleição da presidenta Dilma, que registrará imagens da candidata para a exibição no programa eleitoral gratuito na TV.


Depois das tarefas de cunho eleitoral, Dilma sobrevoará a região de Almeirim, também no Pará, para uma visita à linha de transmissão Tucuruí-Macapá-Manaus. O empreendimento está sendo construído pela Norte Energia, no rio Xingú, e terá 11.233MW de potência instalada.


Dilma tenta reverter a alta rejeição do PT e conta com o ex-presidente Lula para retomar o diálogo com o núcleo de campanha e acertou que, num primeiro momento, deve evitar palanques polêmicos, como o Rio de Janeiro, e focar seus atos no Norte e no Nordeste, onde encontra um eleitorado favorável à petista.

Em São Paulo, o ponto alto será uma caminhada neste sábado, em Osasco, um dos principais redutos do PT no Estado. Os dois estarão acompanhados do candidato do partido ao governo, Alexandre Padilha.

Na véspera, Dilma esteve na periferia de Guarulhos (SP) para a visita a uma Unidade Básica de Saúde e promover o programa Mais Médicos. Além de tentar diminuir a reeleição de Dilma, que chega a 47%% em São Paulo, o aumento da exposição no Estado tenta dar fôlego à candidatura de Padilha, que tem 4% das intenções de voto segundo Datafolha.

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